Em artigo, o Presidente do Instituto dos Magistrados do Brasil-IMB, Desembargador Peterson Barroso Simão, comenta sobre os problemas de segurança por que passa a sociedade brasileira, diante da presença de traficantes e milicianos que dominam, especialmente, as comunidades carentes.

A INSEGURANÇA GERADA PELOS TRAFICANTES E MILICIANOS

Peterson Barroso Simão
Presidente do IMB

O assunto não é novo e nem surpreende.

O que assusta é a velocidade com que estes grupos crescem, dominam e geram a insuportável insegurança, conduzindo a sociedade à condição de vítima, cerceada em sua liberdade de ir e vir e ser feliz sem traumas.

Traficantes e milicianos têm algo em comum: agem na ilegalidade, tiram a paz das pessoas e enriquecem na clandestinidade com o prejuízo do próximo e do Estado.

Com eles vêm as consequências colaterais, tais como, armas, drogas, corrupção, coação, roubo e mortes, como se fossem os donos do lugar sem lei.

Hoje, os traficantes não são só aqueles que praticam negócios ilegais e desonestos. Vão além, no comando das Comunidades, como “Senhores das Armas”. Fazem tremer por onde passam e provocam a guerrilha urbana quando querem.

Já os milicianos, não são somente aqueles que detêm a força e o poder paralelo. Tornam-se grupos violentos de facções criminosas, com atividades completamente desonradas, sugando do povo o que possui. Exploram em quase todos os Estados brasileiros, cobrando taxas e impostos sobre os serviços básicos, dentre tantos outros males.

Traficantes e milicianos precisam saber que estão ao alcance da polícia e que não podem contaminar a população. Precisam ter ciência de que o Judiciário está pronto para receber e examinar todas as denúncias provenientes do Ministério Público, processá-los e julgá-los.

Há necessidade de ações das autoridades competentes que sejam rigorosas, implacáveis, sistemáticas, contínuas e todas legais, para combater com bravura aqueles que transgridem livremente as leis e tiram o sossego de todos. Inclusive, impedindo-os de qualquer influência na máquina pública.

Investimentos maciços na segurança pública com policiamento ostensivo é passo decisivo.